Duquesa de Tax: IOF, o imposto rápido, certeiro e lucrativo para o governo
No programa extra ‘Não vou ar raiva sozinha’, a colunista comenta as mudanças no imposto sobre operações financeiras e o recuo do governo.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou as mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciadas na quinta-feira, 22. As medidas incluem um aumento que a entidade classificou como significativo no IOF cobrado nas operações de crédito a empresas.
A medida, reclamou a Fiesp, eleva custos, inibe os investimentos e prejudica o crescimento. A consequência, emenda a entidade em nota, será o aumento dos custos das empresas, incluindo o setor industrial, já penalizado, conforme a Fiesp, pela desigualdade tributária e pela dificuldade de o ao crédito, em especial num ambiente de juros mais altos.

“O efeito será muito negativo sobre a atividade econômica e vai inibir investimentos”, aponta a Fiesp, acrescentando que as medidas vão na contramão de ações voltadas à reindustrialização do País.
Apesar do recuo do governo na elevação do IOF sobre investimentos no exterior, a Fiesp afirmou que nenhuma alteração foi anunciada em relação às medidas que oneram as operações de crédito por parte das empresas.
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“A Fiesp apoia o compromisso com o equilíbrio das contas públicas e a responsabilidade fiscal. No entanto, esse objetivo não deve ser alcançado por meio da elevação da carga tributária sobre o setor produtivo, que já lida com obstáculos estruturais de longa data e precisa enfrentar um contexto econômico desafiador, marcado por um cenário externo incerto e condições financeiras restritivas”, conclui a entidade da indústria paulista.