A Azul Linhas Aéreas comunicou nesta quarta-feira, 28, ter entrado com um pedido de Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial) nos Estados Unidos. Durante a medida de reorganização financeira, a aérea diz que manterá as suas operações normalmente.
“A Azul continua a voar – hoje, amanhã e no futuro”, diz, em nota, John Rodgerson, CEO da empresa. O pedido de Chapter 11 nos EUA tem como objetivo reestruturar financeira a Azul. O processo visa cortar aproximadamente US$ 2 bilhões em dívidas, otimizar arrendamentos e a frota, buscando uma estrutura mais sustentável, segundo diz a empresa.
A aérea diz que seu processo é diferente dos que já foram feitos nesse modelo. Isso por já ter acordos com parceiros: garantiu US$ 1,6 bilhão em financiamento DIP, que inclui US$ 670 milhões em novo capital. A conclusão da reestruturação prevê o pagamento desse financiamento com uma oferta de ações de até US$ 650 milhões e um investimento extra de até US$ 300 milhões da United e American Airlines. Este plano financeiro claro acelera o processo.
Saiba quando e como a empresa foi criada, para onde voa e outras informações a seguir.

Histórico
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras foi fundada em 2008, uma iniciativa de David Neeleman (atual presidente do Conselho de istração da empresa), conhecido por seu sucesso na criação de companhias aéreas de baixo custo, como a JetBlue e a WestJet. A proposta era replicar esse modelo no Brasil.
Os voos inaugurais da Azul ocorreram em 15 de dezembro de 2008, ligando Campinas a Salvador e Porto Alegre.
Com o tempo, a empresa expandiu significativamente suas operações, lançando a Azul Cargo em 2009 para o setor de encomendas, e consolidando sua presença regional com a fusão com a Trip Linhas Aéreas em 2012.
A malha de destinos da Azul cresceu e atingiu rotas internacionais a parte de 2014, quando ou a voar para Fort Lauderdale e Orlando, nos EUA.
Leia mais
900 voos diários
Hoje, a Azul se posiciona como a principal companhia aérea do Brasil em volume de operações e cidades atendidas. Com uma frota operacional de mais de 200 aeronaves e 15 mil tripulantes, a empresa realiza aproximadamente 900 voos por dia, atingindo mais de 150 destinos.
A Azul também possui acordos de interline com United, Jet Blue e TAP, estendendo suas conexões para vários países. Sua presença no mercado financeiro foi consolidada em 2017 com a listagem na B3 e NYSE.
O comando atual da empresa é de John Rodgerson (CEO). Neeleman, o fundador, preside o conselho de istração.