
CONTEÚDO APRESENTADO PELO GOVERNO DO ESTADO DE SP
Responsável por mais da metade da produção brasileira de cana-de-açúcar, o Estado de São Paulo é a principal fonte de energia renovável do Brasil, respondendo por 15,4% da matriz nacional e 32% de toda a energia renovável ofertada internamente. Foram 383,4 milhões de toneladas em território paulista na safra de 2023/2024.
Há cerca de 180 usinas registradas no Estado, das quais 70 estão a menos de 20 quilômetros de gasodutos existentes – é o chamado “pré-sal caipira”. Esse dado evidencia uma relevante vantagem logística para a produção e o transporte de biometano e biogás. É de interesse das concessionárias de gasodutos realizar investimentos para se conectarem com essas 70 usinas, principalmente com o governo paulista induzindo os investimentos.
Esse cenário levou a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, em conjunto com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), a regulamentar o licenciamento ambiental para a implementação de biodigestores em propriedades agrícolas. A ideia é proporcionar facilidades aos produtores interessados na produção de energia a partir dos dejetos da atividade agropecuária.
A expectativa é de que o financiamento via FIDC-Fiagro, incluído no “pacotão” de R$ 600 milhões do governo do Estado, contribua fortemente para expandir a produção de biocombustíveis nas mais diversas regiões de São Paulo. Com isso, o setor energético paulista ganhará ainda maior destaque como protagonista da agenda de descarbonização.
Nova geração
O crescimento sustentável da agropecuária do Estado de São Paulo certamente a pela formação de novos produtores, conscientes, bem-informados e familiarizados com o uso das ferramentas tecnológicas. Reduzir o êxodo rural e garantir a sucessão familiar é um desafio enfrentado pelo setor agrícola há décadas, especialmente no que diz respeito à participação da juventude rural.
Em busca de respostas estratégicas e efetivas para essas questões, a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento lançou o programa AgroJovem. A principal meta é integrar as novas gerações às atividades agropecuárias, assegurando a sucessão das propriedades rurais – boa parte delas é liderada por pessoas com mais de 50 anos e ainda sem sucessores claramente definidos.
Além de incentivar a permanência de quem já está no campo, há também o caminho de atrair às atividades agropecuárias jovens que até então não tinham contato com essas atividades. Isso faz com que o leque de possibilidades seja muito ampliado, já que estamos falando de uma força de trabalho de quase 2,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos no Estado de São Paulo, de acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).