Quem já correu a Maratona Internacional de Porto Alegre sempre volta. Um ano tá gelado, outro morno, outro verão. Este ano a previsão é frio - 15ºC. Mas uma coisa é certa, o percurso é rápido e a qualidade da prova está melhor a cada ano. E a contagem regressiva já começou. A entrega de kits começa nesta quarta-feira, 4 de junho. A maratona será disputada no domingo, 8 de junho, e na véspera: meia maratona, 10km, 5km e Maratoninha Kids. As inscrições esgotaram no início de maio.

Na edição de 2024, realizada em setembro por conta da catástrofe climática, participaram 18.500 corredores de rua, que geraram uma ocupação hoteleira de 65% e um impacto econômico de cerca de R$ 22 milhões. Segundo dados do BarraShopping Sul, na semana da Maratona de Porto Alegre70 mil pessoas devem ando pelo shopping, entre corredores, familiares e amigos; e esperam um aumento de 20% de fluxo de veículo. E os corredores fazem turismo também nas cidades vizinhas. Este ano são esperados 25 mil participantes, com representantes de todos os estados brasileiros e mais 24 países: Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália, Japão, México, Países Baixos, Paraguai, Peru, Portugal, Quênia, Suíça, Suriname e Uruguai.
A prova, que tem o selo da World Athletics (federação internacional de atletismo), é organizada pela CORPA, comandada por Paulo Silva e seu filho Paulo Stone. "Nossa meta é sempre oferecer uma prova cada vez melhor, a gente escuta muito os corredores; e os maratonistas nos dizem que quem quer festa vai para o Rio, e quem procura performance vem para Porto Alegre", afirma Stone, que concedeu entrevista para o Blog Corrida para Todos, no Bota Pra Correr - Serra do Cipó.
Olympikus é a marca esportiva e foi lançada uma edição especial do Corre 4, em tons alaranjados, para esta maratona. E como no ano ado, haverá uma loja da marca na expo, com itens exclusivos.

Vamos ao que interessa para o corredor. A hidratação com água na maratona será a cada 2,5km. Com isotônico nos kms: 11, 19, 24, 33, 35 e 41. Já as frutas vão ser distribuídas nos kms: 27,5; 33 e 35. E as largadas e chegadas de todas as modalidades serão no BarraShoppingSul (Av. Diário de Notícias, 300). A Expo é no mesmo shopping, no piso Guaíba.
No sábado, a meia maratona (21km) larga às 7h; as corridas de 5km e 10km (rústicas) às 9h; e Maratoninha Kids às 11h, que tem distâncias de 50 m a 400 m, desde os 2 aninhos até os 14 anos. No domingo será disputada apenas a maratona (42km). PCD larga às 6h55 e o pelotão geral cinco minutos depois. Haverá banheiros químicos em 14 pontos da prova. Haverá marcadores de pacers oficiais, na maratona e na meia. Da meia são: SUB 1h20min - Jean Oliveira; SUB 1h30min - Nicollas Costa, SUB 1h45min - Daniele Viau, SUB 2h - Júlia Paschoal, SUB 2h15min - Carolina Santini e SUB 2h30 - Andréia Bevans. E da maratona: SUB 2h50min - Joaquim Cardinal, SUB 3h - Rodrigo Tomazelli, SUB 3h15 - Eduardo Wust, SUB 3h30min - Mário do Nascimento, SUB 3h45min - Dafne Pothin, SUB 4h - Gisele Boeira, SUB 4h15min - Bibiana Mello e SUB 4H30 - Daiana Linck.
O que vamos ter de novidades na edição de 40 anos? Paulo Stone - Então, a gente tá investindo bastante nessa parte de botar mais bandas no percurso, de botar também shows na chegada, né, para tentar fazer com que o povo anime um pouco mais, né, também e que saiba que Porto Alegre além de rápida, em vez de plana, ao invés de fria, ela também tem uma festa, tem um show, e pode agradar todo mundo, assim como a Maratona do Rio de Janeiro, que é a maior Maratona do Brasil com todos os méritos. A gente vai ter um lounge bem legal na chegada, que vai ser como que teve o ano ado, mas um pouco mais aconchegante. O ano ado a galera não ficou muito para premiação. A gente vai fazer mais ativações para que a galera se mantenha dentro do lounge ali depois da maratona, depois da meia maratona. Por conta das enchentes, muita gente que ia correr em 2024 postergou e vai correr agora. Se tudo correr dentro da nossa perspectiva, vamos chegar de novo aos 8.000 maratonistas e aí sim vai ser a maior maratona, talvez a maior do Brasil e talvez, com certeza, a maior da história de Porto Alegre.
São 40 anos e 40 edições? Paulo Stone - São 40 edições, a primeira prova aconteceu em 1983. Só que aí ela não aconteceu, se não me falha a memória, em 1991 por causa do Plano Collor. E nos dois anos de pandemia.
Qual é a principal meta nessa edição? Paulo Stone - O principal foco desse ano, que a gente busca muito, é o recorde nessa 40ª edição. A gente tá obcecado pelo recorde brasileiro de maratona. Então, a gente vai tentar ao máximo trazer atletas qualificados, torcer para que o tempo ajude, que o clima ajude, para que a gente bata as marcas tanto no masculino quanto no feminino - a marca mais rápida de um brasileiro dentro do Brasil. O masculino é 2h11min19 do Vanderlei Cordeiro de Lima; e feminino 2h29m48s, da etíope Tiringo Mulu. Sem contar a marca olímpica da Rio 2016.
De qual estado brasileiro vem mais gente correr na Maratona de Porto Alegre? Paulo Stone - Nos 42km são os paulistas, tem mais paulista do que gaúcho. Os gaúchos correm as provas mais curtas. Este ano a meta era bater 25 mil inscritos com 8 mil maratonistas, e nos próximos três anos ter 10.000 maratonistas em Porto Alegre. Estamos lutando por isso. E também uma notícia legal, que não é da Maratona de Porto Alegre, mas por causa dela, no ano ado a gente inovou ao ar dentro do mercado público que tinha ficado debaixo d'água. E aí, a gente criou para as 50 provas do aniversário da Olympikus, a Meia Maratona do Mercado Público. É uma prova que larga e chega no mercado público, e também vai ter prova de 5km e 10km, limitado a 5 mil participantes. E, e já tá com inscrição aberta, vai ser no dia 5 de outubro e tem premiação em dinheiro. E tem outra prova também que a gente reassumiu, que é uma prova que também vai estar dentro das 50 provas da Olympikus, que é a Travessia Torres Tramandaí, a TTT, uma prova de 84 km na beira da praia, que sai de Torres, que é a última praia antes da divisa com Santa Catarina, e chega em Imbé, na beira do Rio Tramandaí. É uma prova que vai para a 20ª. É uma prova tradicionalíssima no estado. E é uma prova complicadíssima por causa da logística.
Como vai ser a premiação da Maratona de Porto Alegre? Paulo Stone - Vai ser a mesma premiação do ano ado, ela parte de R$ 60 mil para o campeão e para a campeã e, caso venha bater o recorde, são mais R$ 100 mil. Então o primeiro pode chegar a R$ 160 mil.