O colunista do Estadão Carlos Andreazza comenta o recuo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na decisão de tributar com Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicações de fundos de investimentos no exterior.
A incidência do imposto sobre transferências de pessoas físicas para contas no exterior também voltará à tributação anterior, desde que com o intuito de investir. O aumento da tributação do IOF sobre essas operações havia sido anunciado horas antes pela equipe econômica, com a alta de imposto sobre compras internacionais, aplicações em planos de previdência privada acima de R$ 50 mil mensais e no crédito para empresas.
“Toma uma decisão absolutamente equivocada, desproporcional, descolada da realidade, sem conversar com as pessoas, toma uma mordida, uma bronca, recua e diz que faz isso em função do diálogo. Para recuar pode até ser que tenha havido diálogo, para tomar decisão não houve”, diz.
O colunista destaca que a decisão de voltar atrás no aumento foi tomada no improviso. “Esse recuo foi no grito, foi no improviso, o que também demonstra falta de confiança do governo, falta de convicção nas suas medidas. Mata no peito, igual ao caso daquela instrução normativa da Receita Federal, que depois tiveram que mudar. Toma uma decisão, mata no peito, banca a tua decisão. Vocês são arrecadadores desesperados mesmo.”
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