Segundo Lizandra Arita, psicóloga clínica e institucional na Clínica Mantelli, retomar a prática da pintura na vida adulta é uma forma de tentar resgatar a segurança emocional, além de estimular a atividade cerebral.
“Há uma tentativa legítima da ‘criança livre’ — um dos nossos estados de ego — de reencontrar espaço para brincar, criar e se expressar sem julgamentos. Quando damos espaço para esse estado da nossa psique, algo muito potente acontece: amos espontaneidade, leveza e conexão com quem realmente somos”, completa a profissional.
Além disso, a psicoterapeuta comenta que, em um mundo hiperconectado, o desenho pode ser uma forma de “desintoxicar o cérebro de tanta informação rápida e superficial”, o que pode reduzir a ansiedade e acalmar os nervos ao trazer a pessoa de volta ao momento presente.
Para ela, o desenho também pode ser um grande aliado terapêutico para quem convive com condições como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), TEA (Transtorno do Espectro Autista) ou crises de pânico.