Confira 6 perfumes masculinos testados e aprovados pelo Estadão Recomenda

Para quem busca uma opção versátil, mas de longa duração. Da família dos aromáticos (quando um perfume apresenta combinação de ervas), tem uma saída frutada bem marcante. As notas de maçã verde e bergamota foram as que mais percebi logo na borrifada.

O desenvolvimento do perfume é bem diferente da saída – e isso fica claro quando se compara com o cheiro ainda no frasco. Tem um quê de amadeirado, mas suavizado pelas notas florais presentes na composição do perfume.

O grande destaque, no teste, foi a durabilidade. Faz jus à classificação eau de parfum (concentração entre 15% e 20%): projetou por mais de 3h e mesmo após o banho se manteve na pele de forma significativa. Em outra situação, 12h depois ainda havia resquícios das notas de fundo.

De 2018, é um perfume que raramente está abaixo de R$ 700. Por isso, é comum buscar por contratipos (nome usado para perfumes parecidos de outras marcas) e, nesse caso, o mais indicado é o árabe Fakhar Black, da Lattafa, que geralmente está na casa dos R$ 200. Há quem o compare ao Sauvage, da Dior, mas o preço é bem similar ao próprio Y.

Alternativa mais recente desta lista, o Rain Essence foi lançado em 2023. É assinado pelo espanhol Alberto Morillas, criador de clássicos como CK One, Acqua di Giò e Versace pour Homme.

É da família dos florais – e não, não é nem um pouco feminino. Tem uma saída formada por extratos de laranja e chá verde, mas que evolui de forma suave e fresca para notas como flor de lótus branca, almíscar e âmbar. Um ponto de atenção, porém, é que em algumas peles ele pode performar de forma mais tímida. Apesar de ser um eau de parfum (de concentração entre 15% e 20%), é um perfume de pouca projeção e de durabilidade razoável.

Apesar do nome, não é uma fragrância que me lembra chuva. Talvez, na borrifada, possa até remeter a “grama garoada”, mas, para mim, o floral é quem dá o tom e a mais a sensação de estar limpo mesmo sob o sol quente. Combina muito com temperaturas mais altas ou durante o dia e indico para quem quer se manter perfumado sem perder a elegância.

Opção clássica e sem erros: não à toa está no mercado desde 1994. É o tipo de perfume que desperta memórias do tipo “já senti em algum lugar” em quem ainda não o conhece. Tanto que deixa de ser um perfume exclusivamente masculino e é considerado compartilhável, na verdade.

É um dos pioneiros na tendência de fragrâncias mais discretas e esse ponto pode ser, inclusive, um contra para algumas pessoas. Apesar de ter colônias que projetam bem mais, para o bem ou para o mal o CK One é reconhecido por ficar bem rente à pele. Para ambientes abertos certamente será necessário mais borrifadas que de costume. Por isso, vale a pena investir logo na versão de 200 ml e evitar decepções.

Faz parte da família dos cítricos e isso é bem evidente logo na primeira borrifada; limão e laranja bergamota estão entre as notas de saída. Contudo, ao usá-lo, eu costumo sentir um cheiro mais atalcado ados alguns minutos – por vezes, me lembrando até mesmo de fragrâncias infantis. Em minha pele, ele praticamente desaparece após 4h e é preciso encostar o nariz para sentir o cheiro. Bom para o escritório ou situações em que não se quer chamar a atenção.

Um equivalente nacional de menor custo é o Insensatez, de O Boticário, que custa menos de R$ 200.

Famosa pelos moletons coloridos nos anos 1990, a italiana Benetton deixou o País há mais de 20 anos. Ainda assim, We Are Tribe ganhou espaço nas prateleiras brasileiras – o influenciador João Guilherme já foi um dos rostos da fragrância, lançada em 2022.

Certamente é a alternativa mais jovem da lista; lembra muito aquele tipo de perfume que adolescentes e jovens adultos preferem para usar em rolês. Da família dos aromáticos (quando um perfume apresenta combinação de ervas), a saída é bem cítrica, sendo formada por laranja quincã, toranja e pimenta rosa. Vai evoluindo para algo que entendo como mais adocicado, provavelmente por conta da presença da fava tonka, mas ao mesmo tempo “aquático” e até levemente mentolado.

Na Fragrantica, comunidade de entusiastas da perfumaria, existem comparações ao King of Seduction Absolute, perfume da linha Antonio Banderas também da família dos aromáticos. De fato compartilham algumas notas, como toranja, lavanda e capim vetiver.

Alternativa nacional da lista, esta deo colônia (equivalente a eau de toilette, de concentração entre 5% e 15%) apresenta durabilidade bem maior que muitos importados. No teste, mesmo após 7h de uma única borrifada ela seguia ali na minha pele. A projeção também é boa, com mais de 3h de duração.

Lançado em 2023, é uma evolução do Café Verde – uma fragrância até mais ível da mesma marca, mas que combina mais com o verão. Já o irmão mais novo, Café Verde Safra, tem outra proposta e atende quem busca algo para a noite ou temperaturas mais baixas. 

É da família dos especiados quentes (que contém notas de especiarias). O cheiro de café torrado não vem logo de cara, mas vai aparecendo aos poucos. Apesar de não receber essa classificação, para mim é um perfume bem próximo ao doce. Sempre abaixo dos R$ 200 e lançado há pouco tempo, indico como um bom investimento para quem quer uma opção para se destacar sem gastar muito.

Considero a opção mais diferente dessa lista. Quando comprei, o fiz às cegas, apenas influenciado por comentários de quem já tinha usado este perfume. E as descrições não poderiam ser mais curiosas: gótico, clássico, singular, florestal…

Para mim, cheira a madeira pura, que acabou de ser cortada do tronco de uma árvore. As notas únicas de cipreste no topo e capim vetiver no coração do perfume certamente contribuem para essa sensação. Parece um pouco alcoólico no começo, mas é uma impressão que a rápido; ainda assim, é uma fragrância sempre “seca”. Tem boa projeção e dura muito tempo na pele; indico para ocasiões noturnas.

De 2006, é preciso sorte para encontrar promoções no Encre Noire. Na Fragrantica, comunidade de entusiastas da perfumaria, muita gente o compara ao Les Exclusifs de Chanel Sycomore, perfume da Chanel que também se concentra na nota de vetiver, mas que custa acima de R$ 2 mil.