Protetor solar no frio é mais importante do que você imagina: 5 cremes bem avaliados

Segundo a dermatologista Dra. Calu, essa é uma das maiores dúvidas dos pacientes durante o inverno: “Os principais mitos são: ‘não precisa usar em dias nublados’, ‘peles escuras não precisam’ e ‘só se usa protetor na praia’. Todos incorretos”, explica.

Mesmo no inverno, a reaplicação do protetor continua sendo fundamental. “O ideal é reaplicar a cada duas a três horas, especialmente se houver exposição direta à luz solar ou artificial”, reforça a médica.

No dia a dia urbano, proteger o rosto, as mãos e outras áreas expostas deveria ser um hábito — independentemente da estação ou do tom de pele. E atenção: maquiagem com FPS não substitui o protetor solar. “O fator de proteção das maquiagens costuma ser baixo, e a quantidade aplicada geralmente não é suficiente para garantir uma proteção eficaz”, alerta a Dra. Calu.

Para garantir uma proteção adequada no inverno (e durante o ano inteiro), escolha produtos com FPS a partir de 30 e que ofereçam proteção contra os raios UVA — identificada na embalagem pelos selos “PPD” ou “FPUVA”. Se você a muitas horas em frente a telas, vale procurar fórmulas que também protejam contra a luz azul.

Outro mito comum é que peles negras ou morenas não precisam de proteção solar. Apesar de terem mais melanina, que oferece uma certa proteção natural, essas peles também estão suscetíveis a manchas, envelhecimento precoce e câncer de pele. Ou seja: o uso diário do protetor é indispensável para todos.

Ao contrário da radiação UVB, que causa vermelhidão e queimaduras e é mais intensa no verão, os raios UVA atravessam nuvens, janelas e vidros de carros. Ou seja: mesmo em ambientes fechados, sua pele não está protegida sem o uso do produto.

Esse tipo de raio é o principal responsável por danos profundos na pele, como o envelhecimento precoce, a perda de colágeno, a flacidez e o surgimento de rugas e manchas. E mais: a radiação UVA permanece praticamente constante ao longo do ano — inclusive no inverno.

“Mesmo quem trabalha em ambientes fechados está exposto à luz artificial, que também pode danificar a pele”, alerta a médica. A exposição à luz azul (emitida por telas e lâmpadas LED) também exige cuidados específicos. Para esses casos, o uso de protetor solar com cor é o mais indicado, já que cria uma barreira extra contra os efeitos da luz visível.

No frio, a pele tende a ficar mais seca. Por isso, pode-se optar por protetores com texturas mais hidratantes, diferentes das versões oil-free mais usadas no verão. Hoje, muitos protetores modernos já vêm com ativos como ácido hialurônico, vitamina E e niacinamida, que ajudam a reforçar a barreira cutânea contra o ressecamento e deixam o tom de pele mais uniforme.

“Texturas cremosas com ativos hidratantes como ácido hialurônico, ceramidas e vitamina E são ideais para o inverno”, recomenda a dermatologista.

Outro ponto de atenção é o uso do protetor solar em quem está fazendo tratamentos com ácidos ou procedimentos estéticos como peeling e laser — muito comuns no inverno, quando a exposição solar costuma ser menor.

A Dra. Calu reforça que “peelings, lasers ablativos e outros tratamentos deixam a pele mais sensível. A proteção solar rigorosa é essencial para evitar manchas e complicações”. Sem essa proteção, a pele sensibilizada pode reagir mal ao menor contato com a luz solar ou até mesmo com a luz visível.

O protetor solar é o último o da rotina matinal de skincare: deve ser aplicado após a hidratação e antes da maquiagem. Ao aplicar o filtro solar diariamente, você protege a pele desses danos invisíveis que se acumulam com o tempo — e a longo prazo, esse cuidado simples ajuda a prevenir o câncer de pele, o maior benefício de todos.