A Argentina ratificou na segunda-feira, 26, sua decisão de se retirar da Organização Mundial da Saúde (OMS) e reafirmou seu alinhamento com os Estados Unidos em matérias sanitárias durante uma visita do secretário de Saúde norte-americano, Robert F. Kennedy, a Buenos Aires.

O governo de Javier Milei justificou sua retirada do organismo multilateral ao sustentar em um comunicado que “as receitas da OMS não funcionam porque não estão baseadas em ciência, mas em interesses políticos e estruturas burocráticas que resistem a revisar seus próprios erros”.
A decisão do presidente ultraliberal foi inicialmente anunciada em fevereiro, seguindo os os de Donald Trump, que havia comunicado a retirada dos Estados Unidos em janeiro. Na ocasião, Milei classificou a gestão da OMS durante a pandemia de covid-19 como “nefasta” e criticou a quarentena.
O encontro entre Kennedy e o ministro da Saúde argentino, Mario Lugones, teve como objetivo definir “uma agenda de trabalho conjunto que permita reforçar a transparência e confiança no sistema de saúde a partir de uma abordagem de prevenção, segurança alimentar e eficiência dos gastos”, informou o governo do País vizinho.
“Junto a Robert Kennedy, acreditamos no futuro da colaboração em saúde global. Temos visões similares sobre o rumo a seguir”, expressou Lugones.
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O governo argentino também anunciou uma “revisão estrutural” dos organismos nacionais de saúde para “organizar, atualizar e tornar transparentes estruturas e processos” do sistema sanitário “que durante anos funcionaram com sobreposições, normas obsoletas e escassa supervisão”.
Kennedy deve se reunir nesta quarta-feira, 28, com Milei. Na semana ada, ele instou outros países a se retirarem da OMS e a criarem instituições alternativas, e afirmou, em um vídeo transmitido na Assembleia Mundial da Saúde, que a agência está morrendo. Em seu discurso, Kennedy afirmou ainda que a OMS está sob uma influência indevida da China, da ideologia de gênero e da indústria farmacêutica.
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